segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Moda ecológica ou ecologia para a moda?*

por Márcio Augusto Araújo*

Pedem-me para escrever sobre moda ecológica e sobre o uso de ecoprodutos neste setor. Ao iniciar minhas reflexões nesse sentido, observo estar diante de um paradoxo: Como um segmento que trabalha tão intensamente pela troca e descarte constante de produtos poderia ser caracterizado como "ecológico"?
Se um dos atributos da moda é a renovação permanente ou a substituição daquilo que foi criado em uma dada estação ou época por algo que despontará como a próxima sensação (ou "última moda"), como é possível falar de moda ecológica? Apenas porque se usam matérias-primas consideradas sustentáveis, como tecidos de algodão orgânico ou outros produzidos a partir da reciclagem de garrafas PET? Está claro que só isso não basta, uma vez que o próprio conceito de moda traz em seu bojo a necessidade de criar produtos com ciclos de vida curtos. Usar materiais ditos sustentáveis não resultará em muitos benefícios, portanto.
O segmento da moda, assim como outros setores da economia, é uma atividade geradora de poluição e degradação ambiental. Junto com a publicidade, a moda é o setor da indústria cultural que mais contribui para criar e incentivar uma mentalidade a favor do descartável, do fútil, do inútil e do supérfluo. Vale a pena ampliar o leque e abranger todos os tipos de modismos –e não apenas o ‘fashionwear’-, que induzem os consumidores a trocar de carro anualmente, a adquirir o último modelo de celular ou mesmo a ler algum dos estúpidos best-sellers que os críticos pagos pelas editoras tentam, a todo custo, mostrar como "definitivos" aos leitores.
O termo
moda ecológica (eco-fashion) é uma contradição em si, pois o descartável não pode ser ecológico. O fim da vida útil é um destino inexorável de qualquer produto. Mas criá-lo com um prazo (ou uma estação) determinado é estabelecer as bases para o desperdício. O descarte deve ocorrer pela degradação do próprio objeto, e não porque o mesmo foi gerado para ser jogado fora ou inutilizado.
Ilusões da moda
A moda está umbilicalmente vinculada aos atos de descartar e desperdiçar. Filosoficamente, a moda tenta ‘rivalizar’ com a morte. Ela promete a ilusão de juventude eterna (ou renovação) aos que cedem ao seu canto de sereia. Tal roupa tornará a pessoa mais atraente, mais bela, mais jovem, mais inteligente e elegante. Não por acaso, os grandes ensaístas e poetas Giacomo Leopardi (italiano) e Guillaume Apollinaire (francês) diziam que "a moda é irmã da morte".
No Ocidente, o caráter descartável da moda tem relação direta com o perfil urbano de seus usuários e com a publicidade veiculada pelos meios de comunicação. Talvez apenas sociedades mais primitivas, teocracias ou semi-teocracias –como alguns países budistas, islâmicos ou em partes da Índia- estejam relativamente imunes à moda. Nessas culturas, vestir-se é principalmente uma forma de proteger (ou esconder) o corpo –aliás, esta a verdadeira origem da moda. Outro motivo é que grande parte das religiões não estimula a vaidade, nem o ato de se exibir.
O discurso estético, que justifica psicologicamente a moda com os argumentos de que vestir-se de tal e qual forma é fundamental para "sentir-se bem" e "ficar bonita(o)", não é compatível com o conceito de sustentabilidade, se o deleite pessoal for obtido às custas da degradação do meio ambiente e dos recursos naturais.
Para inserir a sustentabilidade no setor, seria fundamental falar em ecologia para a moda e não de moda ecológica. São conceitos diametralmente opostos. Moda ecológica é, em si, um contra-senso. Já ecologia para a moda reflete um processo de conscientização do segmento e do próprio consumidor a partir do conceito de vestir, focado no meio ambiente. Pensar a ecologia dentro da moda significa tentar preservar o vestuário ou consumir o estritamente necessário, de forma a
promover alterações consistentes na rota de colisão que o homem traçou para si mesmo, em seu relacionamento com a Natureza.
Como ficará o conceito de moda atual se isso ocorrer? Modismos não são compatíveis com sustentabilidade. De nada vale substituir uma moda convencional por uma outra, que se diga ecológica por usar matérias-primas mais sustentáveis, se a filosofia de descarte e vida curta se mantiver. Os impactos persistirão, embora, aparentemente, tornem-se ainda mais ‘fashion’, ‘cult’ e ‘politicamente corretos’.
Ao contrário de uma casa, onde o maior desejo do morador é ter um imóvel com vida longa, hoje, quando se está diante de um objeto de vestuário –roupa ou acessórios-, a preocupação com a longevidade raramente faz parte da consciência do consumidor. Estimula-se o oposto: o uso sazonal da peça. Passada a estação da moda, dá-se adeus às roupas ou acessórios. Ora, pode-se ser ecológico num aspecto e desejar que uma casa dure muitos anos, por exemplo, e não sê-lo em outra, no caso do uso de objetos de uso pessoal e vestuário? Pode-se ser parcialmente consciente? A consciência, como dizia Jiddu Krishnamurti, é um processo integral, que opera aqui e agora, e não uma filosofia de vida ou meta futura para ser atingida quando existirem as condições ideais. Se o processo de conscientização está presente no indivíduo, ele é ecológico aqui e agora com relação ao seu mundo e a si mesmo, o que inclui seus hábitos, suas roupas, sua casa, sua alimentação.
Esta é, portanto, a primeira e principal proposta para aqueles que produzem a moda: refletir sobre a própria existência do setor e aquilo que se propõe aos consumidores. Que todo o ciclo de vida de produtos e serviços sejam planejados visando melhorias ambientais, mesmo que isso signifique diminuir produção, consumo e, consequentemente, margens de lucro. Não há outra saída, se se pretende melhorar a eco-eficiência de processos em toda a cadeia produtiva e se há o desejo verdadeiro de se contribuir com o meio ambiente. Somente depois de levada a cabo uma profunda reflexão sobre o ato de se produzir moda, é que se podem considerar matérias-primas eco-eficientes (ver lista a seguir).
Matérias-primas eco-eficientes para vestuário
Roupas de tecidos naturais
– Mesmo não orgânicos, está comprovado que tecidos naturais são superiores aos sintéticos em contato com o corpo humano. Os sintéticos têm tendência a causar irritação cutânea e interferem na atuação do campo bioeletromagnético gerado pelo ser humano. Dentre os principais estão:
Algodão
– Seu cultivo por métodos tradicionais –com uso de agrotóxicos e adubos químicos- acarreta graves problemas neurológicos aos trabalhadores rurais.
Linho e cânhamo (hemp)
– O linho é um dos mais antigos tecidos usados em vestuário, cuja produção é menos agressiva ambientalmente que o algodão. No entanto, seu uso hoje está restrito. Já o cânhamo (um parente direto da popular maconha, mas sem teores de THC, o ingrediente ativo da droga) era uma das principais matérias-primas antes do advento da produção em escala do algodão. Alguns historiadores acusam fabricantes de tecidos de algodão a criarem um estigma contra o cânhamo, para elimina-lo como concorrente e ocuparem seu espaço no mercado. Coincidência ou não, o algodão é hoje a principal cultura vegetal a abastecer a indústria têxtil.
Roupas orgânicas
Roupas de tecidos sintéticos reciclados
– São aquelas fabricadas com materiais plásticos ou mesclados de celulose natural e de origem petroquímica. Destaque também para as roupas de tecido de PET (politereftalato de etileno), obtidas pela reciclagem das garrafas de refrigerante, das quais se gera uma fibra de poliéster. Há experimentos feitos com resíduos de câmaras de pneu, mas não há viabilidade econômica em tais materiais.
– São aquelas produzidas a partir de matérias-primas cultivas sem o uso de adubos químicos solúveis, agrotóxicos, medicamentos alopáticos, com cuidados ao ecossistema de onde são obtidas. Podem ser de origem vegetal (algodão, linho, fibras de bambu e celulose) ou animal (couro e lã). É o market share que mais cresce dentro da indústria da eco-moda. A principal matéria-prima ainda é o algodão.
Roupas de materiais reaproveitados –
São aquelas feitas de resíduos de lonas de caminhão ou rejeitos diversos, que podem ser usados tanto em roupas como acessórios de moda (principalmente bolsas).
Couro vegetal
– Produto com uso em acessórios de moda (bolsas, carteiras), jaquetas, sapatos e revestimento de sofás, cadeiras e poltronas. Trata-se do látex da seringueira (hevea brasiliensis), aplicado sobre tecidos de algodão cru, provenientes da região Norte (Acre e Pará). Depois de ser vulcanizado na floresta por processos semi-industriais, é despejada sobre o algodão, atingindo consistência e semelhança com o couro. Vem daí o nome "couro vegetal". Esse foi o primeiro ecoproduto comercializado com tal em outros países, chegando a atingir cerca de R$ 1 milhão em vendas.
Vegan
 
Artigo por Márcio Augusto Araújo, consultor em Ecoprodutos e Construção Sustentável do IDHEA, www.idhea.com.br, idhea@dhea.com.br
Fonte: SEBRAE
-Seguem o conceito ‘vegano’ de evitar produtos derivados de animais, tais como o couro,lã ou aqueles que tenham sido testados em animais. Em seu lugar, estimula-se o uso de artefatos de couro sintético (tipo napa), algodão cru, hemp etc. São usados por vegetarianos veganos, que não consomem carnes, queijo, mel, xampus e cosméticos testados em animais.

Centro de Design de Moda é exemplo na Bahia

Espaço voltado para o estimulo da criação das coleções valoriza produção do APL de Confecções

O Centro de Design de Moda, instalado no Senai de Dendezeiros, na Bahia, é um espaço voltado para o estimulo da criação das coleções do setor de confecções da região. O espaço é é resultado do Progredir, programa de Apoio aos Arranjos Produtivos Locais -- APL, coordenado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Instituto Euvaldo Lodi (IEL-BA) com co-financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

O local coloca à disposição dos criadores equipamentos essenciais para garntir qualidade ao produto fornecido às lojas. Os estilistas têm à mão as melhores ferramentas disponíveis para a criação de moda: mesas de corte, plotters, softwares atualizados, além de “teciteca” e “modateca” – acervos de tecidos e modelos de roupas. O ambiente é o ponto central das ações de estímulo à competitividade das empresas baianas do setor, que querem ganhar reconhecimento pela qualidade e estilo das peças produzidas.

O APL de Confecções da Bahia é composta por 30 empresas de moda praia, feminina, masculina, fitness, lingerie, étnica e uniformes. O setor de confecções baiano envolve 1200 empresas, sendo 90% delas micro e pequenas que são responsáveis por 24 mil empregos.

A maioria das empresas está em Salvador e Feira de Santana, foco do centro de design. Com Centro de Design de Moda, espera-se que essas empresas passem a ter identidade e estilo próprio, agregando valor aos produtos em um mercado que vende, sobretudo, conceitos. Com o aumento do nível da qualidade, espera-se um incremento nas vendas de roupas produzidas na Bahia dentro do próprio mercado do estado. Hoje, apenas 20% do vestuário usado no  estado é produzido por empresas locais.

Para melhorar ainda mais o mercado da moda baiano, representantes de empresas e instituições que participam do APL puderam participar de  dois cursos de capacitação: Design de Moda e Gestão Estratégica em Moda, com 240 horas de aulas para três públicos: empresários do setor de confecção, designers de moda e multiplicadores (docentes atuantes na área de moda e confecção).

O programa Progredir é considerado pelo BID como estágio mais avançado de apoio aos APLs do País. O banco apóia projetos desta natureza em toda a América Latina e em outros estados brasileiros. 

Capital natural

O desenvolvimento requer o uso sustentável do capital natural. O mito do “progresso material ilimitado” que marcou a Era Industrial resultou em enormes catástrofes ambientais. A manutenção do padrão atual de produção e consumo é insustentável. Onde está a saída? No conservacionismo que transforma a natureza em santuário, à revelia das necessidades humanas? Não. A saída está na valorização do capital natural e nas respostas do conhecimento humano, na possibilidade de compreender os ciclos naturais e de saber “fazer mais com menos”, adotando métodos de “desperdício zero”, reciclando, fazendo uso de matéria e energia com maior eficiência, com melhor aproveitamento.

É preciso pensar em como satisfazer as necessidades de hoje sem prejudicar a possibilidade de satisfazê-las no futuro. Isso requer uma profunda mudança nos padrões de produção e consumo, o que só será possível com elevados níveis de capital humano, capital social e boa governança. Portanto, não existe a possibilidade de um desenvolvimento que se queira humano, social e sustentável sem a combinação simultânea de todos esses esforços.
 
Fonte: SEBRAE
"Quanto maior a capacidade de as pessoas se associarem em torno de interesses comuns, melhores as condições de desenvolvimento. "
Juarez de Paula

Capital social

O desenvolvimento requer o crescimento dos níveis de confiança, cooperação, ajuda mútua e organização social, o que tem sido denominado como “capital social”. Quanto maior a capacidade das pessoas de se associarem em torno de interesses comuns, ou seja, quanto maiores os indicadores de organização social, melhores as condições de desenvolvimento.

Não é possível existir desenvolvimento sem organização, participação e empoderamento das pessoas. Mas isso não vai acontecer se não houver confiança e cooperação, se não se constituírem redes de solidariedade e de ajuda mútua.

O capital social é a própria trama de relações que conforma o tecido social. Quanto mais complexa essa trama, maiores as relações de confiança. Ocorre que a confiança está na base das relações de troca que suportam o mercado, portanto, sem capital social não há possibilidade de crescimento econômico. O desenvolvimento, se certa forma, é produto do capital social.
 
Fonte: SEBRAE

Capital humano

O desenvolvimento exige o crescimento das habilidades, conhecimentos e competências das pessoas, o que tem sito conceituado como “capital humano”. Quanto maior o capital humano, melhores as condições de desenvolvimento.

Investir em capital humano significa investir, sobretudo, em educação, mas também em outros fatores relacionados à qualidade de vida, tais como as condições de saúde, alimentação, habitação, saneamento, transporte, segurança etc, sem as quais a educação, por si só, não consegue atingir seus objetivos.

Não é possível existir desenvolvimento sem que as pessoas desenvolvam suas potencialidades.

Também se fala muito do capital humano como principal fonte do valor. O valor não está apenas nos bens físicos, mas, sobretudo, nos bens intelectuais, nas tecnologias, no conhecimento aplicado, nos softwares, no design, no marketing etc.

Quem pode promover o desenvolvimento? As pessoas. O desenvolvimento não é resultado automático do crescimento econômico, é o resultado das relações humanas, do desejo e da vontade das pessoas de alcançarem uma melhor qualidade de vida para todos. O desenvolvimento depende da adesão das pessoas, da decisão de se colocarem como sujeitos sociais. Portanto, a qualidade do desenvolvimento depende da qualidade das pessoas, ou seja, do capital humano.
 
Fonte: SEBRAE

Economia Solidária: futuro do desenvolvimento?

O movimento cresce no Brasil e na América Latina de maneira cada vez mais organizada. Além de gerar renda, as redes solidárias querem transformar o atual paradigma do desenvolvimento econômico e das relações interpessoais e com o meio ambiente. Nessa empreitada, o protagonista é o consumidor.

Muitos consumidores ainda enxergam na economia solidária apenas um meio encontrado por produtores de baixa renda ou desempregados para sobreviver. Com essa visão, a tendência é acreditar que adquirir produtos provenientes de cooperativas, associações, empresas autogestionárias e feiras de troca não passa de um pouco de caridade.

O que pouca gente sabe é que a economia solidária vai muito além da geração de renda e traz propostas de mudanças nas relações interpessoais e com o meio ambiente. Cooperação, não competição, preservação dos recursos naturais, não exploração dos trabalhadores, igualdade de poder na tomada de decisões na empresa e responsabilidade com a comunidade local onde o empreendimento está inserido são princípios que norteiam essa prática.

A economia solidária surgiu como movimento social na Inglaterra, durante o século 19, como forma de resistência - por parte da população socialmente excluída - ao crescimento desenfreado do capitalismo industrial. No Brasil, o movimento só ganhou força no final do século passado, mas tem crescido consideravelmente nos últimos anos e já faz do país uma referência internacional no assunto.
Segundo Ana Lúcia Cortegoso, membro da coordenação colegiada da INCOOP - Incubadora Regional de Cooperativas Populares da Universidade Federal de São Carlos, as formas de organização solidária possuem um papel importante para a população que tem dificuldade de acesso às condições impostas pelo mercado .

Sempre que o movimento de economia solidária se reúne, fica claro que a intenção é realizar uma transformação social, questionando a forma como a economia está organizada e propondo outra maneira de promover o desenvolvimento, com menos concentração de renda e melhor distribuição da riqueza , esclarece Daniel Tygel, secretário executivo do FBES - Fórum Brasileiro de Economia Solidária.

Ele diz que, muitas vezes, a motivação para se criar essas organizações solidárias realmente surge como uma estratégia de sobrevivência por parte dos trabalhadores. Mas, depois que se articulam, a iniciativa acaba ganhando uma dimensão organizativa mais ampla e um aspecto de movimento social.

Se esses conceitos soam como um retrocesso na maneira de a sociedade se organizar, voltando aos tempos primitivos do coletivismo ou novamente apregoando o que as bandeiras socialistas defendiam, Daniel Tygel entende a valorização desses ideais como um salto para o futuro. O fato de alguns elementos da história passada terem sido esmagados, não significa q devemos ignorá-los, mas existe uma situação conjuntural completamente diferente de épocas anteriores: vivemos a dimensão mais aguda da globalização, com concentração de informações em grandes empresas nunca antes vista. Além da autogestão, eixo fundamental das organizações solidárias, também existe uma preocupação com o futuro do planeta e a finitude dos recursos .

Portanto, se o consumidor usa seu poder de compra para priorizar bens e serviços gerados a partir da economia solidária, está contribuindo diretamente para que os modelos econômicos, políticos e sociais sejam repensados e reconstruídos. Entenda abaixo quais as particularidades desses empreendimentos, a maneira como se organizam e de que forma você já está envolvido nesse processo.

Fonte:http://planetasustentavel.abril.com.br

O que é?

Economia solidária é uma forma de produção, consumo e distribuição de riqueza (economia) centrada na valorização do ser humano e não do capital. Tem base associativista e cooperativista, e é voltada para a produção, consumo e comercialização de bens e serviços de modo autogerido, tendo como finalidade a reprodução ampliada da vida. Preconiza o entendimento do trabalho como um meio de libertação humana dentro de um processo de democratização econômica, criando uma alternativa à dimensão alienante e assalariada das relações do trabalho capitalista.
Além disso, a Economia Solidária possui uma finalidade multidimensional, isto é, envolve a dimensão social, econômica, política, ecológica e cultural. Isto porque, além da visão econômica de geração de trabalho e renda, as experiências de Economia Solidária se projetam no espaço público, no qual estão inseridas, tendo como perspectiva a construção de um ambiente socialmente justo e sustentável; vale ressaltar: a Economia Solidária não se confunde com o chamado "Terceiro Setor" que substitui o Estado nas suas obrigações legais e inibe a emancipação de trabalhadoras e trabalhadores, enquanto sujeitos protagonistas de direitos. A Economia Solidária reafirma, assim, a emergência de atores sociais, ou seja, a emancipação de trabalhadoras e trabalhadores como sujeitos históricos.

Fonte: Wikipédia

O que é Economia Solidária ?

Para entender o que é a Economia Solidária.

http://http://www.mte.gov.br/ecosolidaria/ecosolidaria_oque.asp