quinta-feira, 31 de março de 2011

Roupa de 2ª mão move moda consciente

 
Os impactos ambientais e sociais da cadeia produtiva da moda estão levando consumidores a buscar no consumo de roupas e outros artigos de segunda mão um aliado para exercer um comportamento de compra sustentável.

Fora do Brasil, o movimento ganhou força na Europa e nos Estados Unidos, movido pela crise financeira e reforçado pelo aumento da conscientização em relação à sustentabilidade - já que roupas e utensílios usados não demandam novos recursos naturais e energia para serem produzidos. Além disso, crescem os questionamentos de consumidores em relação às práticas trabalhistas da indústria têxtil: muitas empresas terceirizam sua produção para países onde as normas trabalhistas são mais frágeis, como China, Índia e Paquistão.
Esse questionamento ficou mais acentuado na última década, com o fenômeno da fast fashion - moda rápida, alusão à fast food, comida rápida. Nesse sistema, utilizado por redes do mundo todo, o espaço entre o desenho, a produção e a comercialização das peças é curtíssimo e mercadorias novas chegam às lojas todas as semanas, a preços acessíveis. No Brasil, redes como Zara, C&A, Renner e Marisa são expoentes da tendência. Mas muitos consumidores começam a criticar esse modelo, que estimula o consumo e o descarte de roupas.
"Os impactos da indústria da moda estão chegando ao conhecimento dos consumidores, que não querem compactuar com o uso excessivo de agrotóxicos na produção de algodão ou com o trabalho infantil na Ásia. Para essas pessoas, comprar roupas em brechós ou em lojas de segunda mão é uma solução possível", explica a antropóloga Ligia Krás, analista de tendências da empresa de pesquisas de consumo Mindset/WGSN.
Brechós
A antropóloga estuda o consumo de segunda mão ou de peças vintage há dez anos e publicou uma tese a respeito do tema, O Passado Presente: um Estudo sobre o Consumo de Roupas de Brechó, já apresentada em três congressos. Ligia analisa as diferenças culturais que estão por trás do consumo em brechós no Brasil e em países como Noruega e Inglaterra. "Nesses lugares, a compra de vestuário de segunda mão é mais motivada por caridade, já que muitos brechós são ligados a instituições filantrópicas, e pela sustentabilidade. Os brasileiros pensam em moda e exclusividade, mas isso começa a mudar", diz Ligia.
A designer Nana Soma é uma das entusiastas do consumo de roupas de segunda mão. "Comecei a me interessar pelo tema depois que fiz um curso sobre os impactos ambientais da indústria da moda. Passei a rever meus hábitos de consumo e já participei até de bazares de troca de roupas entre amigas", diz ela, que mantém um blog na internet sobre o tema moda consciente.
Apesar dos esforços, ela observa que é difícil encontrar marcas de moda realmente comprometidas com a sustentabilidade e com preços acessíveis. "O jeito é comprar roupas e acessórios no brechó, pois essa ação contribui para reduzir o impacto socioambiental da cadeia produtiva da moda", analisa.
Formada em moda, Viviane Mello, dona da marca Ecológica, que produz sacolas retornáveis em tecidos como algodão orgânico e malha de garrafas PET recicladas, também passou a comprar em brechós para reduzir sua pegada ecológica. "Evito comprar nas redes de fast fashion porque sei que existem impactos na cadeia produtiva, como a exploração da mão de obra em países subdesenvolvidos. Não quero contribuir com isso", diz Viviane, que costuma comprar roupas em brechós e reformá-las.

Glossário

Segunda mão
Artigos - de vestuário, móveis, eletrodomésticos, livros - que foram usados e que retornam ao mercado, em bazares e lojas de usados.

Vintage
Termo em inglês usado para designar itens, especialmente roupas e acessórios, de uma determinada época. No ramo da moda, são consideradas vintage roupas que são de pelo menos duas décadas atrás, ou seja, anteriores a 1990.

Fast fashion
Modo de produção que passou a dominar em redes de lojas de roupas a partir de 1990. O espaço entre desenho, produção e comercialização das peças é mais curto e mercadorias novas chegam às lojas todas as semanas, a preços acessíveis.

Por: Andrea Vialli - O Estado de S.Paulo

terça-feira, 29 de março de 2011

Trajetos Costurados


Nos dias 1 e 2 de abril, acontecerá em São Paulo, no Centro Universitário Belas Artes, o workshop “Trajetos Costurados”, que reunirá nomes como Jum Nakao, Ronaldo Fraga, Fernanda Yamamoto e Agustina Comas. Segundo a assessoria de imprensa do evento, “a intenção do projeto é propiciar a interação entre estudantes de moda e profissionais vindos de várias partes do Brasil, com estilistas conceituados, expandindo dessa forma a visão e o conhecimento na área”.
No evento, cada designer terá três horas para expor o seu tema escolhido. Nakao, por exemplo, falará sobre novas formas de modelar. Já Fernanda apresentará um trabalho sobre reconstrução de volumes. As apresentações acontecerão na sexta-feira e no sábado das 9h ao meio-dia e das 14h às 17h. No encerramento do evento, sábado também, Alice Lobo, nossa ilustre diretora de conteúdo, mediará um debate entre os participantes e a plateia.
A equipe de organizadores, formada por Márcia Kohatsu, Vinicius França e Celso Sekiguchi, vai contar com a ajuda dos alunos e professores do projeto Ofício Moda, que integra a ONG Movimento Comunitário Estrela Nova. O Ofício Moda é um programa de capacitação profissional, que há cinco anos trabalha com foco na inclusão social, preparando costureiras para o mercado de trabalho.
“A nossa intenção ao aliar educação, moda e responsabilidade social é colaborar para a transformação social por meio da arte e da cultura, para que os participantes desse workshop e integrantes das organizações envolvidas possam assumir-se como agentes de transformação, como seres sociais, criadores de sonhos e realidades”, declarou Márcia por meio de sua assessoria.
São apenas 200 vagas, abertas ao público, com taxas de inscrição de R$ 250 (estudantes) ou R$ 500 (profissionais) para todo o evento. Para mais informações sobre as inscrições e o curso, entre no site.

Surfistas criam prancha feita com 90% de materiais renováveis


A utilização de materiais que não fazem mal ao planeta pode ser encontrada em vários objetos, inclusive em pranchas de surf. A marca alemã Kun_Tiqi fabrica as pranchas a partir de madeira de balsa cultivada de maneira sustentável em uma fazenda do Equador.

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Ela é laminada com uma resina com com 98% de linhaça / Foto: Divulgação

De acordo com o site, 90% da prancha é feita de matéria prima natural e renovável. Depois de adquirir a forma devida, ele é laminado com uma resina feita com 98% de linhaça e sem ingredientes tóxicos.

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A marca Kun_Tiqi produz as suas pranchas de maneira sustentável / Foto: Divulgação

A vantagem de usar esse tipo de madeira é que ela cresce muito rápido (dez metros em menos de quatro anos), é fácil de ser reciclada e não produz toxinas. Ela é cultivada por Don Zandoval e as família, que planta as árvores de acordo com as leis locais e um sistema sustentável de cultivo (como o Comércio Justo).

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 As pranchas são mais resistentes, flexíveis e duráveis / Foto: Divulgação

Já que o processo de fabricação é todo feito a mão, as pranchas levam, em média, seis vezes mais tempo para ficarem prontas do que as produzidas de forma convencional. Esse é um dos fatores que fazem as pranchas serem mais flexíveis, estáveis e terem maior durabilidade.
Os “surfistas que se importam”, como diz o slogan da marca, ainda apontam outra vantagem do uso da madeira: no final da vida útil, o artigo é utilizado como composto e fertilizante de solo.

don zandoval ecuador
Don Zandoval e sua família cultivam a madeira balsa de maneira sustentável / Foto:Divulgação

Jóias Sustentáveis

 
A designer de jóias Junia Machado uniu-se à Coca-Cola Brasil para dar início a um projeto de  capacitação de membros da Associação dos Catadores do Aterro Metropolitano do Jardim Gramacho, em Duque de Caxias. O objetivo era ministrar oficinas para  ensinar a criar flores e borboletas construídas em ouro e Pet, com  técnicas de artesanato popular, fonte de inspiração constante da artista. As flores e borboletas são feitas em ouro 750 e esculturas de PET pintadas à mão.







Onde encontrar:

Rio de Janeiro
Jardim Botânico - (21) 3114-6754
Rio Sul - (21) 2543-3361

São Paulo
Shopping Higienópolis - (11) 3823-2360
Shopping Paulista (11) 3266-7514
Shopping Villa Lobos (11) 3024-3945

Belo Horizonte
Savassi (31) 3284-9257


Ribeirão Preto
RibeirãoShopping (16) 3602-9957
Shopping Santa Úrsula (16) 3607-0900



Site:  http://www.juniamachado.com.br/

segunda-feira, 28 de março de 2011

Empresas sociais e negócios inclusivos

Por Cláudio Boechat

O século XXI tem apresentado muitas mudanças e a maior delas talvez seja a superação do paradigma da produção de riqueza econômica como grande mobilizador das sociedades. Reflexo direto, empresas que se preocupam apenas com a sua lucratividade representam um modelo que está se esgotando ou, pelo menos, sendo mais questionado a cada dia: a produção de mais riqueza gerando simultaneamente mais desigualdade.
Empreendedores estão fazendo surgir as organizações empresariais que seguirão modelos mais adequados. Um deles é o dos negócios inclusivo, um modelo que se preocupa com o lucro e os bons resultados, mas que gera produtos e serviços de tal forma que se realize a inclusão social no seu processo e no cerne de seus negócios.
Os exemplos são muitos e podem ser encontrados em vários lugares do mundo, como a distribuição de automóveis mais baratos nos mercados da Europa, dos Estados Unidos e da América Latina, a fabricação de casas populares de baixo custo a partir de processos industriais integrados, ou ainda empresas de produção de celulose que estão incluindo mão de obra de assentados rurais ou mesmo pequenos proprietários no seu processo de plantação.
Outro modelo é o das empresas sociais, modelo concebido e utilizado pelo Grameen Bank, de Bangladesh. São empresas desenhadas para atender às necessidades básicas das pessoas, porém não têm como objetivo único a maximização do lucro. Elas devem gerar lucro, no entanto ele é, a priori, delimitado. Pode-se estabelecer um retorno de capital de x% ao ano, e o que passar dessa projeção é reinvestido no próprio negócio. O Grameen tem tido sucesso em sociedades com a Danone e com a Basf.
Nesse novo panorama, a entrada dos BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China) na agenda da economia mundial é também, sem dúvida, um marco dessas transformações. O fato de alguns desses países estarem emprestando dinheiro ao FMI, mesmo que os valores não sejam tão expressivos, é uma iniciativa emblemática.
São novos atores que entram em cena e esses países se transformam em lideranças, mesmo não tendo as maiores rendas per capita ou os maiores potenciais militares do planeta. São nações que estão desenvolvendo uma grande capacidade de reduzir a pobreza dentro de suas fronteiras, com condições também de sanear as finanças, promovendo a justiça social e a preservação ambiental.
Esse novo paradigma organizacional é uma tendência forte para os próximos anos e se encaixa como uma luva no desenho das soluções para a crise internacional atual. Sem dúvida que muitos aspectos dos velhos negócios serão restaurados, mas haverá espaços também para se gerarem novos paradigmas de desenvolvimento econômico e social, que certamente implicarão em importantes transformações no universo corporativo e na gestão das organizações.
Portanto, todo profissional que está no mercado – ou pretende se introduzir nele – deve ficar atento a essa tendência, pois ela representa, mais do que uma boa notícia, uma janela de oportunidades para as pessoas que desejam desenvolver uma carreira que tenha também um cunho social e humanitário. E não se esqueça: você pode fazer parte desse momento histórico!

Congresso em Recife discute importância dos negócios inclusivos


Fonte: EcoD
 artes�exp� produto na sexta feira da agricultura familiar, em outubro de 2009
Artesã expõe produto na sexta Feira da Agricultura Familiar, em outubro de 2009/Foto: feiramda
Despertar o interesse do empresariado em negócios com ênfase no desenvolvimento sustentável é o principal objetivo do Congresso Internacional de Cidadania Empresarial  - Práticas e inovações sobre negócios inclusivos, que será realizado na cidade de Recife, capital de Pernambuco, nos dias 22 e 23 de abril.
Iniciativa do Instituto Ação Empresarial pela Cidadania em parceria com a Fundação Avina, Instituto Itaú, Banco Itaú, Instituto Wal-Mart e Universidade Federal de Pernambuco, o evento também pretende estimular a difusão do pensamento acadêmico, além de práticas experimentais capazes de incentivar a articulação entre diferentes atores sociais.
A diretora de Desenvolvimento Estratégico da Avina, Maria Cavalcanti, participará do congresso ao compor a mesa intitulada "Elementos-chave para o desenvolvimento de negócios inclusivos". Já o responsável pela estratégia nacional da rede no Brasil, Neylar Lins, representará a instituição na abertura do encontro.
Também participam do congresso nomes como o do presidente e fundador da Empresa para um Mundo Sustentável, Stuart Hart, considerado uma das maiores autoridades mundiais sobre as implicações do desenvolvimento sustentável. Ele promove consultorias para empresas como Ford, General Electric, IBM, Nike, Natura, Philips e Shell.
Outro palestrante bastante aguardado é o responsável pelo desenvolvimento do setor de Oportunidades para a Maioria (OM) do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luiz Ros, que apresentará soluções em negócios inclusivos. Atualmente, o economista trabalha em Washington (EUA) para criar formas de incluir a população de baixa renda no mercado consumidor.
O público-alvo do evento são homens e mulheres que ocupam cargos de lideranças de empresas e entidades empresariais privadas de pequeno, médio e grande porte; executivos das áreas: Planejamento Estratégico, Marketing, Recursos Humanos, Responsabilidade Social, Administrativa, Financeira, Comunicação Corporativa, Operações, Vendas, Gestão, Atendimento ao Consumidor, Ambiental, Relações com o Mercado, Qualidade, Assuntos Corporativos, Logística, Relações Internacionais; dirigentes de empresas e gestores do setor público, investidores e lideranças de empreendimentos econômicos de base social.
A proposta é identificar possibilidades de negócios que possam gerar uma nova dinâmica econômica, levando-se em conta iniciativas economicamente rentáveis, ambiental e socialmente responsáveis, que utilizem os mecanismos do mercado para melhorar a qualidade de vida das pessoas que mais precisam.
O congresso selecionará trabalhos acadêmicos e não-acadêmicos para serem apresentados. Os interessados já podem realizar as inscrições através do site do evento.

Faça você mesmo: Cinto estiloso com cinto de segurança



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Quem gosta de desfilar acessórios diferentes e ainda valoriza a reutilização de objetos que iriam para o lixo vai gostar dessa dica do site Instructables. Com um cinto de segurança usado, tesoura, linha e agulha é possível transformar o objeto em um item exclusivo e sustentável do guarda-roupa.

Materiais:

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• Cinto de segurança;
• Tesoura;
• Isqueiro;
• Máquina de costura ou linha e agulha.

1º passo: Prepare a base

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Comece cortando as pontas do cinto de segurança. Não se preocupe com a largura, ela será ajustada no próximo passo. Com o isqueiro, queime as pontas que sobraram para evitar que elas desfiem.

2º passo: Marque o seu tamanho

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Para tornar seu cinto ajustável, encaixe as fivelas e meça a cinta ao redor de sua cintura. Marque o excedente em um dos lados, dobre a sobra e costure na base.

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Agora costure o “rabinho” que se formou com a outra extremidade da cinta. Com isso, você poderá re-ajustar o cinto sempre que necessário.

3º passo: Acabamento

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Seu cinto já está praticamente pronto. No caso da foto, o autor percebeu que a fivela estava muito larga e não passava na alça na calça, então ele utilizou uma lixadeira para diminuir um pouco a largura da peça.
Está pronto!

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Agora é só apertar o cinto e sair por aí desfilando seu acessório no look estiloso e sustentável.

Fonte: EcoD

domingo, 27 de março de 2011

Eco Esculturas

A artista plástica Mathilde Roussel Giraudy é a criadora destas belas esculturas vivas. Para dar vida a suas peças, utilizou terra, sementes de grama, trigo e estruturas feitas de metal reciclado.
Sua exposição aconteceu na Galeria “Invisible Dog” no Brooklyn, E.U.A.









Já teve vontade de carregar a natureza para onde quer que você vá? Pensando nisso a designer Collen Jordan criou uma inusitada coleção de colares vivos, que permitem cultivar brotos, suculentas e pequenas ervas bem de perto.





Fonte: Colleen Jordan

Luxo Verde!






Fonte: Ecouterre

sexta-feira, 25 de março de 2011

O FIM DOS LIXÕES

Lei aprovada no governo Lula muda destino do lixo no país até 2014; retratados em filmes, catadores buscam meios de valorização profissional  e buscam saída em cooperativas.
O fim dos lixões, previsto para ocorrer até 2014, preocupa parte dos cerca de 1 milhão de brasileiros que vivem da coleta de materiais recicláveis. A lei aprovada em 2010 determina que eles sejam incluídos em um novo modelo de coleta do lixo. “Eles temem não conseguir participar desse processo”, diz Jaira Puppin, coordenadora de comitê interministerial de Inclusão Social dos Catadores.

O número de lixões no país é desconhecido, mas o Ministério do Meio Ambiente (MMA) afirma que mais de 60% das cidades não tratam o lixo adequadamente. A reciclagem também é limitada. “Apenas 900 municípios de 5.565 possuem algum tipo de coleta seletiva”, afirma Sérgio Gonçalves, diretor de Ambiente Urbano do MMA.

Recentemente, o cotidiano dos catadores mobilizou artistas e cineastas. Em 2011, os catadores foram retratados no documentário 'Lixo extraordinário', que concorreu ao Oscar com a apresentação da realidade do Aterro de Gramacho. O mesmo lixão foi cenário de ‘Estamira’ (2004), de Marcos Prado, e voltará às telas com ‘As crianças do lixão’, de Robert Ziehe.

fonte: www.pe360graus.com.br

Adidas lança estratágia para uso de algodão sustentável


Fonte: EcoD
cole��o de stella mccartney´Coleção de Stella McCartney para a Adidas/Foto: Adidas/Divulgação

“A Adidas vai utilizar 100% de algodão sustentável até 2018”, foi o que afirmou o diretor de assuntos sociais e relacionados ao meio ambiente, Frank Henke. A marca, que já promoveu algumas iniciativas sobre o assunto, inclusive com a estilista eco fashion Stella McCartney, promete ter 40% de sua produção com o algodão sustentável até 2015 e 100% até 2018.
Essas metas para a utilização do material fazem parte da nova Estratégia Ambiental da Adidas, que, ao longo dos próximos cinco anos, irá priorizar toda a cadeia de valor da empresa direcionada para a produção sustentável.

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Coleção/Foto: Adidas/Divulgação

Para o CEO do grupo Herbet Hainer "Ao mesmo tempo, a nossa Estratégia Ambiental cria uma plataforma sustentável para melhorias de desempenho no futuro e de inovações e, portanto, é essencial para o sucesso do nosso negócio.", afirmou o diretor no lançamento da campanha.
A marca ainda é co-fundadora do Better Coton Initiative, iniciativa firmada por empresas para diminuir o consumo de água e pesticidas na cultura do algodão, melhorando a qualidade do solo. H&M e Ikea são outras companhias que aderiram ao projeto de desenvolver uma produção de tecidos mais sustentáveis.

terça-feira, 22 de março de 2011

Eco-tingimentos

Estou desde ontem imersa em cores da natureza, para desenvolver um trabalho de figurino.
Trabalhos com figurinos mudaram meus padrões de criação desde que, por eles, revisei vários conceitos. Um deles foi sem dúvidas com relação ao desenvolvimento das peças. O Moda+Humana, aproveita-se de acervo e peças já existentes pra vestir os looks nos personagens, atitude simples que barateia os custos e ajuda na questão da sustentabilidade. É a famosa Eco-nomia, de fato. Outro fator é o Re-design que faz com que peças já criadas, possam ser Re-criadas e aí, entram os processos de tingimentos que eu tanto valorizo. Para tingir não é necessário tintas ou corantes químicos, como a gente pode ver, segue a lista das eco-tintas.

Corantes e Pigmentos Naturais:


1. Vermelho e Rosa (Pau Brasil, Cochonilha carmim e Ruivinha)

2. Laranja (Urucum e Jatobá)

3. Castanho (Acácia negra e Angico)

4. Amarelo (Pau-amarelo e Faveira)

5. Verde (Alfafa e Erva-mate)

6. Kaki (Romã e Erva-mate)

7. Azul  (Índigo e Jenipapo)

8. Violeta (Aroeira e Pau-campeche)

9. Cinza e Preto (Erva-de-passarinho e Capa-rosa)

segunda-feira, 21 de março de 2011

Coletiva Choque 2011

Todo ano a Choque apresenta alguns nomes novos na sua lista de artistas. A Coletiva Choque 2011 mostra a diversidade de linguagem que caracteriza a nova geração, inspirada numa rede de referências muito abrangente:
. do geometrismo abstrato nascido e formado na arte urbana (Profeta);
. à releitura irreverente da imagem inocente dos cartoons de Pacolli, radicada em São Francisco e que será curadora da exposição Needles and Pens – versão São Paulo, que a Choque apresentará no segundo semestre de 2011, com artistas californianos de vanguarda;
. à fusão da pintura com a arquitetura proposta pelo Base V;
. ao uso das colagens arquitetônicas no site specific do Coletivo SHN;
. à pintura geométrico-figurativa do gaúcho Pingarilho;
. ao universo expressionista de inspiração mexicana nos scratchs (desenhos feitos ranhuras de goivas sobre vidro pintado) de Fefê Talavera;
O trabalho dos seis artistas da mostra apontam para a vontade de estabelecer novos parâmetros de contato com o público e propõe uma experiência única de imersão aos visitantes. Além das telas, desenhos, esculturas, videos, fotografia, os artistas exploram suportes, como instalação, arte ambiente, site specific (obra feita especialmente para a espaço) e intervenções urbanas (no entorno da galeria, nas ruas e imóveis próximos).


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A exposição será acompanhada de encontros dos artistas com o público, workshops com colecionadores, visitas guiadas (dentro e fora da galeria) e lançamentos de gravuras. Esses eventos farão parte da programação da Choque no período da exposição.

Por: Choque Cultural

Inspirô! Customização de Converse- All Star *

Uma das formas mais bacanas de reduzir o consumo sem perder o hype é customizar seus antigos pares de tênis.
A customização além de estimular a criatividade e reaproveitar um produto que possivelmente seria deixado de lado, ainda consegue uma coisa muito bacana: Destacar a sua INDIVIDUALIDADE!
Animaê e faça o seu!
Essas e outras na Converse People em :http://www.converseallstar.com.br/blog

Olha o  Converse Gladiador. Sente só:



Nike lança tênis feito de papel reciclado


por redação EcoD
women’s premiun print pack 1A Nike lançou uma linha de tênis feita de papel reciclado / Foto: Divulgação

A mania de consumo exacerbado trouxe sérios problemas à sociedade, como a superprodução de lixo. Alternativas sustentáveis, como a reutilização dos recursos, estão sendo adotadas por muitas marcas do mercado para evitar que essa questão se agrave. Esse foi o posicionamento da Nike, que lançou um tênis feito de papel reciclado.
Voltado para o público feminino, a linha Women’s Premium Print Pack vem com três modelos: o Blazer Mid, o Air Rift e o Flash Macro. Eles foram fabricados com tiras de revistas recicladas, que foram tratadas de maneira especial para garantir a resistência e a durabilidade reconhecidas da marca.

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O papel foi tratado de maneira especial para garantir resistência e durabilidade / Foto: Divulgação

Todos os tênis são exclusivos, já que cada um recicla papéis diferentes e, consequentemente, possuem estampas diferentes; o que torna a novidade ainda mais estilosa. Eles foram produzidos em baixa escala e são vendidos separadamente.
A empresa adota práticas de reciclagem há muito tempo, como na fabricação do Nike Grid (material feito de tênis velhos e papel reciclado que pode ser usado em todos os tipos de superfícies desportivas) e na coleta de sapatos velhos. Em 2008, a marca lançou o Nike Trash Talk, uma linha que produziu os artigos a partir de resíduos de fábricas.

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A marca lançou a linha na China e na Europa em 1º de janeiro / Foto: Divulgação

O Women’s Premium Print Pack foi introduzido nos mercados chinês e europeu no primeiro dia do ano de 2011, mas não há previsão de quando chegará ao Brasil.

Artista expõe pinturas em caixa de ovos



Caixas de ovos não têm uma forma muito agradável para a arte, certo? Errado. Pelo menos é o que acha o artista Enno de Kroon, que pinta cartoons nas caixas de papelão.
Kroon chama sua arte de Eggcubism e se inspira em gigantes como Pablo Picasso (1881-1973) e Georges Braque (1882-1963). Cada imagem, disposta no formato irregular do papelão possibilita diversas percepções.

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Segundo o artista, a limitação intencional na subjetividade do espectador dá espaço para a imaginação e reconhecimento, o que força a integração das partes visualizadas.

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É o reaproveitamento de resíduo orgânico em exposições e amostras.
Fonte: EcoD

sábado, 19 de março de 2011

Eco Jeans

A calça jeans, uma das peças mais clássicas do guarda-roupa contemporâneo, ganha versão turbinada e ecológica para o próximo inverno. Chega ao Brasil o mais recente projeto “verde” da Levi’s, a linha Waterless, que reduz o consumo de água na lavagem das peças em até 96%. Para você entender melhor, saiba que alguns produtos da marca, no processo antigo, chegavam a gastar 42 litros de água! O projeto sustentável reedita cerca de 12 modelos icônicos da Levi’s, tal como a clássica 501, e outras peças de denim, como as jaquetas.
Para reduzir o consumo do líquido na fabricação e na finalização das calças, foi preciso fazer algumas pequenas mudanças, como diminuir o número de ciclos da máquina lavadora, a incorporação do processamento com ozônio e a remoção da água da estonagem.
Veja no video abaixo a explicação (tin-tin por tin-tin) de como a empresa fez para que o Waterless saísse do papel.


A nova linha de produtos conta com a confecção de mais de 1,5 milhões de itens e a Levi’s ainda convida seus consumidores a lavarem menos suas peças, o que, além de garantir um aspecto vintage, ajuda a poupar água. 
Se todos que comprarem a Waterless lavarem suas peças quinzenalmente, serão economizados, até a primavera desse ano, 858,4 milhões de litros, sem contar com os 16 milhões reduzidos na produção da nova coleção.
Mas este não é o único viés sustentável da empresa: a Levi’s também lançou a campanha “Care the planet”, modificando as etiquetas de cuidados e manuseio dos produtos. Incluiram instruções de como os consumidores podem reduzir o impacto ambiental com menos lavagens, secando no varal (em vez de usar secadoras elétricas) e doando quando não forem mais necessárias.
Assista o video de lançamento da linha Waterless nos EUA:


Via: Greenvana Style.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Consumo consciente para cliente inteligente!

Mas uma dica de diversão e consumo consciente para o finde!
O evento "O MERCADO", é uma iniciativa de estilistas independentes que decidiram se unir e viabilizarem comercialmente as suas marcas.
Uma iniciativa bem simples, que feita com muito carinho pela querida estilista Je Muniz, deu e continuará dando super certo!
Vida longa...
Bjo,
L.

Segue o convite:
Você é nosso convidado especial para a terceira edição do evento de moda que está “dando o que falar” na internet: O MERCADO!!
Maior, com mais marcas e uma programação recheada com direito a relaxamento, mini cursos e sessão cinema...
 Essa promete ser a melhor de todas as edições!
Confira a programação completa no nosso blog e não perca! Sua presença é um grande incentivo para todos esses profissionais!!

Te vejo lá!!



EI! - Estilistas Independentes
Twitter: @EI_Estilistas
Blog: http://www.ei-estilistasindependentes.blogspot.com/
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Verão da Cultura. Urgente

 
Recebi  do Harlem Pinheiro (Selo Psicotropicodelia) a informação deste evento bem legal, que será promovido pela Secretaria de Estado e Cultura do Rio de Janeiro. O evento acontece no Parque Lage, este finde e conta com a presença de grandes artistas e grandes amigos!
Vale o confere!
Segue o link do site do evento:
http://www.cultura.rj.gov.br/veraodacultura/

Aproveitem!
Bjo,
L.

Ecotece lança concurso voluntário para designers de moda



Fonte: EcoD
camiseta-verde
Mande o seu desenho até o dia 30 de março/Foto: Wonderlane
O Instituto Ecotece lançou um concurso voluntário que une moda e sustentabilidade. A competição quer escolher uma estampa de camiseta com o tema: Fashion + Sustentabilidade = ? A vencedora será vendida pelo site do instituto e todo o dinheiro arrecadado será revestido para a locação de uma sede para a ONG Ecotece.
Os interessados em participar do concurso devem enviar seus desenhos até o dia 30 de março. Eles ficarão em exposição no site para votação aberta ao público do dia 4 a 30 de abril. A ilustração mais escolhida será confeccionada pelo Projeto Retece, um grupo social de costureiras da periferia de São Paulo que utiliza malha de PET reciclado.
Com a venda das 1.030 camisetas, a ONG pretende arrecadar R$ 12 mil, a R$35 cada. O dinheiro viabilizará o contrato de locação por um ano e ajudará na ampliação e otimização das atividades da Ecotece, que atualmente conta com o apoio de colaboradores, parceiros, voluntários e amigos para realizar suas ações.
Para inscrição e mais informações sobre o concurso, acesse o site do Ecotece.

PELE ANIMAL É BREGA DE DOER!

Uma matéria muito bacana, pra quem como eu, não curte o uso de pele animal na indústria da moda.
Eu acho pele uma breguice... Uma estupidez, algo completamente desnecessário. Ainda bem que tem gente que pensa assim também, como vocês podem conferir na matéria...
bjos,
L.

Parece que voltamos a Idade da Pedra
Por Alice Lobo
Infelizmente não é sempre que vemos uma boa idéia, ou boa iniciativa, ir adiante. Defender o fim do uso de peles de animais da moda, apesar de já ter sido bandeira de grandes estilistas, parece ter perdido seu apelo.
Nesta última edição do Fashion Rio e do Fashion Business, que aconteceram em janeiro, no Rio de Janeiro, foi possível ver uma verdadeira procissão de modelos usando peles. E, muitas delas, verdadeiras! Estilistas conhecidos inclusive por trabalhos com sustentabilidade, como Carlos Miele, colocaram na passarela modelos trajando peles de animais. Uma cena triste de se ver.
Talvez a “consciência” eco-friendly de algumas pessoas do mercado da moda não passe de mera jogada de marketing. Se for isso mesmo, o fato da diretora da maior revista de moda do mundo, Anna Wintour, defender publicamente o uso de peles de animais seguramente não ajuda. Essa posição, aliás, já custou a ela uma torta na cara na saída de um desfile, em 2005. Bem merecido, por sinal.
Por outro lado, nem tudo parece estar perdido. Além do já citado Herchcovitch que, em 2010, me disse pessoalmente no backstage de um de seus desfiles que não há porque usar peles verdadeiras e que todas as do seu desfile na época eram falsas, há outros exemplos que merecem ser citados. Karl Lagerfeld, estilista da Chanel, por exemplo, colocou icebergs no seu cenário, no penúltimo desfile de inverno da Chanel, em alusão ao derretimento do gelo polar. Neste mesmo desfile, todas as peles usadas eram falsas.
Afinal, esse é o sinônimo do luxo contemporâneo. Consciência, aliada à atitude e ao estilo. Pensando bem, é a primeira vez em que usar algo falso é chique! (artigo escrito por mim e publicado na edição de fevereiro de 2011 da revista valeparaibano)

quinta-feira, 17 de março de 2011

Criatividade para ajudar vítimas de desastre no Japão



Os desastres no Japão inspiraram várias agências de publicidade a criar peças para ajudar as vítimas. A primeira imagem que ilustra esta nota é de um cartaz em serigrafia criado pela Wieden+Kennedy Portland. A campanha W+K Help Japan inclui um hotsite de vendas online (onde podem ser feitas doações para a Cruz Vermelha e aquisição das peças) e uma ferramenta online, o  Person Finder: 2011 Japan Earthquake, que ajuda a encontrar pessoas na área atingida pelo terremoto. A segunda imagem é da camiseta  criada para o Exército da Salvação dos EUA por Joshua Smith da Hydro74 . As peças podem ser compradas na Wardrobe Army Apparel.
O terremoto e tsunami que atingiram o Japão na última sexta-feira (11) deixaram até agora, segundo a Polícia Nacional japonesa, 3.373 mortos e 6.746 desaparecidos. Segundo o balanço, há ainda 1.897 feridos. Além dos desaparecidos, desabrigados e feridos pelo terremoto e tsunami, o Japão ainda enfrenta uma crise nuclear, com explosões nos reatores do complexo de Fukushima.
Por: redacaocip

Vivienne Westwood lança linha de bolsas feitas a partir de retalhos de lonas e banners


Por EcoD
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Depois de lançar uma linha de sandálias feitas com plástico reciclado, a estilista inglesa Vivienne Westwood, conhecida pelo seu engajamento socioambiental, apresentou no final de 2010 a coleção de bolsas ecológicas produzidas em parceria com o Centro de Comércio Internacional.
São três modelos de bolsas feitas a partir de retalhos de tecido, lonas e banners reciclados. Todas são feitas manualmente por um grupo de 7 mil trabalhadoras de Nairobi, no Quênia.
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Elas fazem parte do Programa de Moda Ética do Centro de Comércio Internacional das Nações Unidas, que apoia mulheres em situação de pobreza extrema, mães solteiras e portadoras do vírus HIV, dando-lhes treinamento, emprego e renda fixa.
Por serem feitas artesanalmente e a partir de materiais reciclados, cada bolsa é exclusiva e tem uma aparência única.
As bolsas foram apresentadas durante os desfiles da coleção Primavera/Verão 2011 e já estão à venda no site de Vivienne por £100 cada. A coleção é limitada e todo o dinheiro arrecadado é doado para programas de apoio às comunidades das trabalhadoras.